O Ministério da Saúde autorizou, nesta sexta-feira (9) que o hospital e maternidade São Vicente de Paulo, em Barbalha, no Ceará, ministrasse o último remédio que faltava no protocolo de recife, ao menino de nove anos diagnosticado com raiva humana. A informação foi repassada pelo diretor da unidade hospitalar, Ernani de Freitas.
"Já temos a autorização e o remédio deve chegar até amanhã", afirmou Ernani. O hospital aguardava uma autorização do Ministério da Saúde, para poder ministrar o remédio, procedimento que já é comum, segundo o próprio diretor. "O ministério precisa da confirmação por exame laboratorial, do diagnóstico da doença. Essa confirmação já foi dada pelo Laboratório Central do Ceará. Mesmo ainda precisando da confirmação do segundo exame que virá de São Paulo, o Ministério já autorizou que a gente ministrasse o remédio", disse o diretor.
O garoto, segundo Ernani, continua em coma induzido e o seu quadro clínico não sofreu alteração. "O garoto continua na UTI, em estado grave", afirmou. De acordo com ele, nesta sexta-feira (9), a médica que está acompanhando o caso conseguiu contato com um médico norte-americano para acompanhar o caso. "Eles estão trocando informações sobre o caso", afirmou o diretor. Ao ser questionado se o médico é o mesmo que participou da equipe que curou o primeiro caso de raiva humana no mundo, em 2004, Ernani não soube confirmar. "Esse contato entre os médicos é recente, aconteceu quase agora, a única informação que tenho é que o médico se interessou pelo caso", afirmou.
CASO - O menino de nove anos foi internado no hospital e maternidade Vicente de Paulo depois de apresentar sintomas como inquietação, febre e vômitos. Inicialmente o diagnóstico foi de meningite, mas após a confirmação de que o menino havia sido mordido por um animal silvestre, o caso começou a ser tratado como raiva humana.
O menino foi mordido no dia 3 de fevereiro, porém não foi levado a sistema de saúde do município de Jati, a 524km de Fortaleza, onde o ele mora com os pais em um sítio. Só depois de 15 dias é que aconteceram as primeiras entradas no sistema de saúde.
Na última quarta-feira (7) o caso foi confirmado pelo Laboratório Central do Ceará (Lacen) como raiva humana.
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