Mesmo com o fim do verão e as temperaturas mais baixas, a dengue ainda preocupa no Rio de Janeiro. Até agora, já são mais de 76 mil casos registrados em 2012. Em cada grupo de 100 mil cariocas, 400 tiveram dengue, o índice mais alto da cidade no ano.
Entre o nascimento e o primeiro voo, o aedes aegipty leva no máximo dez dias. O ciclo de vida dele começa quando uma fêmea adulta põe seus ovos. Se chove e a água se acumula no recipiente, em cerca de 30 minutos as larvas nascem.
Em sete dias, a larva cresce e vira pupa. Dois dias depois, um novo mosquito está pronto para sair voando. Ele pode viver, em média, 30 dias e, por isso, é tão importante eliminar os locais onde a fêmea põe os ovos, para interromper este ciclo.
O mosquito da dengue não vive na mata. Ele é urbano, caseiro e gosta de se alimentar durante o dia. À noite, ele se esconde também dentro de casa, em lugares escuros como atrás das cortinas, das estantes, dos armários e embaixo da mesa. Porém, se durante o dia não tiver ninguém dentro de casa, a fêmea vai aproveitar a noite para picar.
Para se prevenir, é preciso saber de criadouros dentro e fora de casa, usar telas nas janelas e repelente. Como o mosquito tem preferência pelas pernas, usar calça durante uma grande infestação também é uma boa medida.
Outro perigo do aedes aegipty é que ele é oportunista. “O mosquito chega bem de leve e a pessoa nem sente que ele pousa. É a fêmea que se alimenta de sangue e ao mesmo tempo que ela chupa o sangue, ela introduz saliva na pessoa. À medida que o sangue vai sendo puxado pelo mosquito, a saliva vai descendo e com ela vai o vírus, imediatamente junto da picada. O vírus vai descendo para a corrente sanguínea da pessoa”, explica Ademir Martins, da Fiocruz.
Uma vez infectada, a vítima pode desenvolver a doença. “Em cerca de cinco dias a uma semana, ela já começa a sentir os sintomas da dengue", afirma Ademir.
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