
Um das iniciativas surgiu a partir da observação do próprio LIRAa. O levantamento dividido por regionais serve para identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor. A partir desse estudo, a Secretaria de Saúde de Belo Horizonte elaborou um novo levantamento, divido por bairros, e o divulga periodicamente no site da prefeitura e através da imprensa local. A intenção é aproximar esses números do cotidiano do cidadão mineiro.
O secretário adjunto da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte, Fabiano Pimenta, explica a iniciativa: “A metodologia clássica do LIRAa faz um extrato por regionais de 8,5 mil a 10 mil imóveis. Nós fizemos um pequeno ajuste nela e passamos a divulgar por bairro. Quando eu dou o resultado do bairro Lourdes, Sagrada Família, Pompéia, por exemplo, eu estou falando de onde o cidadão mora. Ele se identifica melhor e passa a se preocupar mais”, destaca o secretário.
Bonificação ao agente – Outra medida adota pelo município foi a bonificação variável para estimular os agentes de combate à dengue. Os trabalhadores que cumprirem as metas estipuladas pela secretaria irão receber um 14° salário. “Um agente é responsável por uma área de 800 a 1000 imóveis. Na meta dele tem um limite máximo de casos de dengue esperado para a área onde ele trabalha. Interessa ao agente que o número de casos na área dele não cresça para não afetar o indicador e, consequentemente, a sua pontuação. Mas se o distrito dele está dentro do esperado ele pontua e recebe a bonificação. Se percebe um caso de suspeita de dengue é do interesse dele que seja notificado para que não se expanda na área dele”, comenta.
Outras medidas – Através de carro de som e faixas a secretaria leva até os bairros a mensagem de existência de alto risco de epidemia de dengue no local. Também existe um número disponível para os mineiros informarem possíveis focos de larvas do mosquito, é o número 156. “Quando a pessoa ouve a mensagem ou vê o índice do seu bairro na internet, ela se sente diretamente ameaçada e o número de ligações com denúncias e reclamações aumenta. Acredito que os municípios devem exercitar essa maior proximidade com a necessidade da população e com as especificidades de cada lugar. O aumento ou redução dos casos de dengue é de responsabilidade sanitária do gestor local. Por isso, tomamos essas iniciativas e os resultados nos indicam que as medidas que tomamos são promissores e satisfatórias”, explica o secretário.
Região Sudeste – A dengue é uma doença com característica sazonal, ou seja, que se concentra em um mesmo período do ano. No Brasil esse período ocorre no verão, devido à maior ocorrência de chuvas e do aumento da temperatura. O aparecimento do mosquito é mais comum em regiões urbanas, principalmente nas cidades maiores, onde há mais aglomeração de habitantes. Por isso, a região Sudeste concentra os maiores focos em depósitos domiciliares do país, com 63,6%.
Campanha – Com o slogan “Dengue é fácil combater, só não pode esquecer”, a campanha desde ano incentiva a população a praticar medidas simples de prevenção contra o mosquito Aedes aegypti. A campanha também alerta sobre os sinais e sintomas da doença e quais as principais medidas que devem ser adotadas, em caso de suspeita. A campanha é dirigida à população em geral, gestores, lideranças comunitárias, movimentos sociais, entre outros.
Fonte : Camilla Terra / Blog da Saúde
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